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A grande farsa do Aquecimento Global


Aldeias de Vinhais com acessos melhorados

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14 aldeias da zona de Lomba, no concelho de Vinhais, ganharam melhores ligações à sede do município.
A repavimentação da Estrada Municipal 103, que liga Sobreiró de Cima às Trincheiras, era uma aspiração antiga dos habitantes daquela zona do concelho, que ontem assistiram à inauguração das obras.   
O presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, explica que a empreitada só foi possível graças a um acordo da autarquia com o Governo, numa altura em que não se falava de crise económica. “Esta estrada serve grande parte do lado poente do concelho, era preciso requalifica-la e tivemos a sorte de conseguir fazer este contracto com o governo antes da crise económica se instalar”Os habitantes daquela zona respiram agora de alívio e mostram-se muito satisfeitos com estas obras de requalificação da estrada de Lomba, que tem ligação com Espanha.
Uma das portas de entrada do concelho de Vinhais está agora requalificada. A obra custou um milhão de euros, comparticipada em 60% através de um protocolo com o Governo.

Escrito por Brigantia 

Moncorvo inaugura centro de informação turística

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Um Centro de Informação Turística foi inaugurado este sábado em Torre de Moncorvo. Demarca-se pela tecnologia presente, com um sistema interactivo no interior e exterior que permite ao turista encontrar todas as informações da região, num ecrã táctil.   
O vice-presidente da Câmara Municipal de Moncorvo, José Aires, explica a importância deste equipamento para o turismo do Douro. “Este projecto é muito importante para quem nos visita porque reúne toda a informação, desde locais a visitar, onde dormir, onde comer, etc, num ecrã táctil que estará disponível 24 horas por dia”Até à data o Posto de Turismo de Torre de Moncorvo estava instalado na antiga Casa da Roda, e passa agora para o centro histórico da vila. 
A obra custou cerca de 290 mil euros, que englobam a recuperação do imóvel, o mobiliário, material informático e a nova sinalética. 70% do investimento foi comparticipado pelo Programa Operacional Regional Do Norte (ON2).Ainda no sábado foram apresentadas duas maquetes para erguer uma escultura em homenagem ao pescador da Foz do Sabor, a única aldeia piscatória do distrito de Bragança. 
A estátua será colocada em breve numa rotunda da localidade.
As duas propostas ficarão em consulta pública para que a população decida qual das duas esculturas virá a ser o memorial do pescador.

Escrito por Brigantia 

Música popular anima Bragança

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As muralhas do castelo de Bragança receberam o V Encontro Ibérico de Música Popular. 
Foram quatro os grupos que animaram a assistência. O cenário idílico do Castelo de Bragança acolheu uma noite, com casa cheia para assistir a um espectáculo, onde se ouviu música popular, acompanhada de danças e trajes a rigor.   
Os gaiteiros do Conservatório de Música e Dança de Bragança fizeram as honras de abertura de um encontro que pretende dar a conhecer grupos de música popular e de danças da cidade. 
A festa foi ainda, animada pelo grupo Pedra D’ara bem como o grupo Terra Firme. De Espanha veio pela 4ª vez o grupo Aulas de Música de Aliste. 
O responsável, do grupo espanhol, Miguel Bermudes realça a importância desta partilha de música tradicional entre os dois países. “Esta partilha de música tradicional com Portugal é de grande importância para difundirmos a nossa música”.
O Presidente da Junta de Santa Maria, Jorge Novo, realça que a este evento vai de encontro com uma cultura de proximidade que existe entre os dois países. “Este encontro entre dois povos que tem séculos de história em comum, e que com a música popular que partilha, sente-se que a alegria e a partilha é cada vez maior, sente-se uma proximidade uma cultura de proximidade.
Foram quatro os grupos que participaram no V Encontro Ibérico de Música Popular, que reuniu dezenas de pessoas no castelo de Bragança.

Escrito por Brigantia

ALFÂNDEGA DA FÉ: PRIMEIRO PRÉMIO DO EUROMILHÕES ANIMA A CONTA BANCARIA DE 12 AMIGOS DO CONCELHO

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Um grupo de 12 amigos de Alfandega da Fé acertou na chave vencedora do Euromilhões de sexta-feira, uma ação que lhes valeu arrecadar cerca de um milhão de euros a cada um. 
Na vila nordestina as conversas em todos os lado circulava em torno dos novos milionários que com uma lufada de sorte viram assim a vida vai melhorar significativamente.
Cinco comerciantes, dois desempregados, um técnico de tubaria industrial, um reformado, uma estudante, um operador de máquinas e um empregado de balcão jogam em sociedade desde 1 de abril, e a sorte bateu-lhes agora à porta: cada um vai receber um milhão de euros (ao prémio de 15 milhões são retirados três milhões de imposto de selo).
Os novos milionários registaram o boletim vencedor no café Avenida, um local de passagem de muita gente que se deslocam de alfândega da Fé para Macedo de Cavaleiros
As profissões dos 12 magníficos são várias bem como as idades. Desde canalizadores a jovens desempregados, as pessoas com ideias de imigrar devido às dificuldades da vida, havia de tudo.
Um dos felizardos, porque se trata de uma sociedade de 12 pessoas, o que obriga a dividir os 15 milhões - ou, mais exatamente, 12 milhões, após subtração do imposto de selo por 12.
A conta bancaria de cada uma destas 12 pessoas vais crescer no mínimo mais sua conta vai crescer um milhão de euros.
Na região, já não é primeiras vezes que saiem prémios chorudos. Em Mogadouro já houve igualmente dois primeiros prémios de 15 milhões de euros bem como outras quantidades elevadas em outras localidades do distrito.

in:rba.pt

Empreendedores de Macedo de Cavaleiros em destaque nos Prémios EDP Empreendedor Sustentável

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Foram conhecidos na última quarta-feira os vencedores da 3ª edição dos Prémios EDP Empreendedor Sustentável. Cinco novas empresas de Macedo de Cavaleiros foram distinguidos, sendo que duas delas receberam um prémio monetário.
Ao fim de 3 anos, os empreendedores macedenses arrecadaram 1/3 do valor global de prémios. A Monte do Azibo Resort, apostada na criação de um parque de campismo e caravanismo perto da Albufeira do Azibo, e a Flormelo, com a produção e comercialização de cogumelos silvestres e flores comestíveis, receberam ambas um prémio individual de 2000€.
Estes dois projetos preveem um investimento no concelho na ordem dos 330.000€. Os prémios agora conseguidos juntam-se aos 26.000€ averbados por empresários macedenses nas duas anteriores edições da iniciativa da EDP promovida no âmbito do aproveitamento hidroelétrico do rio Sabor e que envolve 5 municípios do distrito de Bragança (Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro e Torre de Moncorvo).
 Estes prémios resultam de 2 primeiros e 5 segundos lugares, reconhecendo a qualidade das ideias dos empreendedores e o acompanhamento recebido pela Câmara Municipal ao longo de todo o processo de candidatura.
Os projetos levados a cabo no âmbito desta iniciativa resultaram em empresas apostadas em áreas até agora inexistentes ou pouco aproveitadas, diversificando a oferta do concelho em setores inovadores e ambientalmente sustentáveis.

in:noticiasdonordeste.com

XI Edição do Festival de Cultura Itinerante L BURRO I L GUEITEIRO

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Pelas aldeias mirandesas de Constantim, Póvoa e Especiosa
Passaram dez anos de L Burro i L Gueiteiro. O balanço? Centenas de pessoas vieram descobrir as Terras de Miranda. Quase todas as aldeias foram visitadas. Dezenas de burros e outros tantos gaiteiros animaram o Planalto Mirandês – e os números cada vez mais gordos de uns e de outros só mostram que o trabalho desenvolvido ao longo de uma década para prevenir que ambas as espécies desapareçam tem dado frutos. E dos suculentos!
O Festival Itinerante de Cultura Tradicional “L Burro i L Gueiteiro” apresenta-se assim, nesta XI edição, com uma dupla missão: continuar a mostrar o melhor do Planalto e quebrar, ao mesmo tempo, o estereótipo de uma cultura parada no tempo. Bem pelo contrário, acreditamos que está em constante transformação e que temos, por isso mesmo, a responsabilidade de contribuir com actividades criativas e de qualidade que a estimulem. Isso significa trazer pedaços de outras culturas, mas também repensar o contacto com o que é de cá, e que continuamos a privilegiar.
O “L Burro i L Gueiteiro” é então um festival que pretende, acima de tudo, dar a conhecer a riqueza e diversidade do Planalto Mirandês: das paisagens aos saberes, dos campos às aldeias, dos burros aos gaiteiros, tendo presente que tradição e inovação não se opõem – constroem-se mutuamente; e que, por essa razão, não é só o festival que é itinerante, mas também a cultura que viaja com ele. É um evento a pensar em todos - miúdos e graúdos – os que gostam de caminhadas por percursos bonitos, de refeições apetitosas, de sestas burriqueiras, de oficinas instrutivas, de boa música e de muita festa. Por tudo isto, é ainda um festival familiar e relaxado, como se de um longo e preguiçoso Domingo em família, entre burro s e ao som da gaita-de-fole se tratasse.

Vem a esta XI edição do L Burro i l Gueiteiro e deixa que o Burro de Miranda te leve a descobrir as aldeias de Constantim, da Póvoa e da Especiosa.

PROGRAMA

Quarta-feira, 24 de Julho de 2013
Casa da Música Mirandesa, Miranda do Douro 

Das 18h00 às 23h00 
Inscrições/recepção dos participantes 
Abertura da 11ª Edição “L Burro I L Gueiteiro”

22h00
Arraial com música tradicional mirandesa

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Quinta-feira, 25 de Julho de 2013
Aldeia de Constantim, concelho de Miranda do Douro

10h00
“Onde há raia há contrabando” 
Passeio pedestre conduzido por histórias de contrabando, na companhia do Burro de Miranda

13h00:
Almoço 

15h00
Cine-Curral
Sesta Burriqueira no lameiro 

16h00
Actividades na aldeia

19h00
Concerto no largo da aldeia 

20h00
Jantar 

22h00 
Concertos

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Sexta-feira, 26 de Julho de 2013 
Da aldeia de Constantim à aldeia da Póvoa, concelho de Miranda do Douro

10h30
Passeio pedestre na companhia do Burro de Miranda 

13h00
Piquenique 

14h30
Burroteca
Sesta Burriqueira no lameiro 

16h00
Passeio pedestre na companhia do Burro de Miranda 

18h00
Concerto no largo da igreja

20h00
Jantar 

22h00
Teatro de rua

23h00
Concerto

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Sábado, 27 de Julho de 2013 
Aldeia da Póvoa e Especiosa, concelho de Miranda do Douro

11h00
Ronda dos Mandiletes: BURRO PAPER

13h00
Almoço na aldeia

14h30
Burroteca
Sesta Burriqueira no lameiro

15h00-18h30
Masterclass – Gaita-de-fole Mirandesa

16h00
 Actividades na aldeia

19h00
Concerto na curralada

20h00
Jantar 

21h30
Concertos

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Domingo, 28 de Julho de 2013 
Da aldeia da Póvoa à aldeia da Especiosa, concelho de Miranda do Douro

10h30
Passeio pedestre na companhia do Burro de Miranda 

13h30
Almoço na aldeia da Especiosa

14h30
Sesta Burriqueira no lameiro 
Concerto na Igreja

16:00
Passeio pedestre na companhia do Burro de Miranda

18:30
Teatro de fantoches

20h00
Jantar

21h30
Concertos
Dj-Set

Nota: O programa está em construção.
           Teremos mais novidades em breve!
           Fique atento a www.aepga.pt!

Reveja o vídeo que foi produzido para a VII edição do Festival Itinerante da Cultura Tradicional "L Burro I L Gueiteiro".


Paços Municipais de Bragança / Domus Municipalis

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Portugal, Bragança, Bragança, Santa Maria

Arquitetura infraestrutural, medieval e politico-administrativa, quinhentista. Cisterna medieval de planta retangular, com estrutura de cantaria, interiormente coberta por abóbada de berço e seccionada por três arcos torais, sobre a qual foi construída no séc. 16 a casa da câmara, com planta poligonal, fachadas em cantaria, superiormente rasgadas por arcada baixa composta por arcos de volta perfeita, sobre pilares, e terminadas em cornija sobre cachorros decorados. Dois portais de verga reta e jambas biseladas rasgadas na fachada N. dão acesso ao interior, sobrelevado, percorrido por sedia, com pavimento em cantaria, rasgado por três vãos para a cisterna, paredes terminadas em cornija assente em cachorros com decoração diversa e com cobertura de madeira.
FOTO.00816572
Número IPA Antigo: PT010402420004
Categoria
Monumento
Descrição
Planta pentagonal, ligeiramente irregular, de massa simples com cobertura em telhados de cinco águas, rematadas em beirada simples, assente em murete recuado de cantaria, revestido a cobre oxidado. Fachadas de diferentes dimensões, em cantaria aparente, a virada a E. possuindo ressalto na zona inferior, e terminadas em cornija que forma caleira aberta, assente em 64 cachorros, com decoração fitomórfica, antropomórfica, zoomórfica e geométrica. Sob a cornija, as fachadas são rasgadas por vãos em arco de volta perfeita, de duas arquivoltas lisas, sobre pilares, sendo os vãos da fachada O. de menores dimensões. Ao longo das fachadas, à exceção da virada a E., corre caleira saliente e aberta sob os vãos, com silhares nos extremos e ao centro avançados. Na fachada N., a maior, rasgam-se inferiormente e ao centro dois portais de verga reta, com as jambas biseladas, a partir dos quais se desenvolvem escadas em cantaria de acesso à sala de audiências da câmara. INTERIOR com sala de espaço único, circundado a toda à volta por uma "sedia", ou seja, um bailéu de cantaria, destinado aos membros do concelho, e iluminado pelos vãos em arco de volta perfeita, de duas arquivoltas, sendo a exterior das faces viradas a O. decoradas por motivos em "X". As paredes terminam igualmente em cornija, assente em 53 cachorros, com o mesmo tipo de decoração, tendo um da face virada a N. o escudo com armas de Portugal. Sobre a cornija, surge num plano recuado murete de cantaria de suporte da cobertura, de madeira, com travejamento aparente. O pavimento é em lajes de cantaria e possui três vãos quadrangulares, protegidos por grades, ligeiramente desalinhados e sendo o central maior, de ligação à cisterna, desenvolvida inferiormente. A cisterna tem planta retangular e estrutura em cantaria, com ressalto inferior escalonado na parede virada a E., coberta por abóbada de berço, apoiada em três arcos torais, abrindo-se em cada uma das secções os vãos anteriormente citados no pavimento da sala de audiências. Apresenta pavimento lajeado de granito, siglado, e com declive suave para S., tendo-se encontrado uma nascente de água no ângulo NO. e a pequena profundidade. Nos quatro ângulos laterais possui quatro orifícios das condutas inclinadas existentes no interior da abóbada que, das caleiras sob os vãos e do remate do edifício, canalizavam as águas pluviais dos telhados para o interior da cisterna.
Acessos
Terreiro do Castelo
Protecção
MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 de junho 1910
Grau
1 – imóvel ou conjunto com valor excepcional, cujas características deverão ser integralmente preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Monumento Nacional.
Enquadramento
Urbano, isolado, no interior da cerca do castelo de Bragança (v. PT010402420003), inserido no aglomerado de fundação medieval, nas imediações da Rua Fernão o Bravo, que estabelecia a ligação entre a Porta do Sol e a da Vila ou de Santo António. Ergue-se sobre plataforma sobrelevada relativamente à via, com três degraus frontais e outros laterais para vencer o declive, bem junto à fachada lateral direita da Igreja Matriz de Bragança (v. PT010402420259), possuindo estreito corredor de separação entre ambos. Em frente desenvolve-se largo.
Descrição Complementar
Na fachada virada a N., num dos pilares superiores entre as portas, existe lápide em bronze com a inscrição: ""JOIA VNICA" / PALAVRAS - COM - QVE MESTRE / JOAQUIM - DE VASCONCELOS / QVALIFICA - E STA - CASA - NA AR- / TE - ROMANICA - EM - PORTVGAL". Numa parede S. do interior existe lápide circular, em bronze, com representação do busto encimada pela inscrição "DR. ALFREDO DE MAGALHÃES"; o medalhão foi modelado pelo escultor portuense Sousa Caldas. Inferiormente, existe uma outra lápide lápide em bronze com a inscrição: "A PEDIDO DO ENTÃO GOVERNADOR / CIVIL DE BRAGANÇA, CAPITÃO DE / CAVALARIA TOMAZ FRAGOSO, CON- / CEDEV A PRIMEIRA DOTAÇÃO PARA / A DOTAÇÃO PARA / A REINTEGRAÇÃO DESTA "JOIA VNI- / CA" EM 11-11-1928, O MISNISTRO DA JNS- / TRVÇÃO, DOVTOR ALFREDO DE MA- / GALHÃES, TENDO SISO A DOTAÇÃO / FINAL CONCEDIDA PELO MINIS- / TRO DO COMERCIO, DOVTOR JOÃO / ANTVNES GVIMARÃES, 2M 9-11-1929. / PATROCIONOV CARINHOSAMENTE / ESTA OBRA O DIRECTOR GERAL DOS / EDIFÍCIOS E MONVMENTOS NACIO- / NAIS, CAPITÃO DE ENGENHARIA / HENRIQUE GOMES DA SILVA. ELA- / BOROV O PROJECTO E DIRIGIV AS / OBRAS DA RESTAVRAÇÃO O ARQVI- / RETO BALTAZAR DE CASTRO CO- / MEMORADA A CONCLVSÃO DO RES- / TAVRO EM 23-10-1932". Junto a estas lápides e entre dois cachorros surge lápide de mármore com a inscrição "14-12-1924 / VISITA DO INSIGNE / ARQUEÓLOGO ESPANHOL / GOMEZ-MORENO". Sobre um dos arcos existe lápide, em mármore, com a inscrição "III - IX - MCMXLI / VISITA DO CHEFE DE ESTADO / SENHOR GENERAL CARMONA". Existe ainda uma placa alusiva à valiosa colaboração do Dr. Antunes Guimarães, Capitão Tomaz Fragoso, Arquiteto Baltasar de Castro e Engenheiro Gomes da Silva.
Utilização Inicial
Político-administrativa: paços municipais
Utilização Actual
Marco histórico-cultural
Propriedade
Pública: estatal
Afectação
DRCNorte, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009
Época Construção
Séc. 13 / 14 / 16 / 20
Arquitecto / Construtor / Autor
ARQUITETO: Baltazar de Castro (1930). EMPREITEIRO: Manuel Domingues Chaves (1963).
Cronologia
Séc. 13 / 14 - época provável da construção da cisterna no interior da cerca; 1501 - segundo o Abade de Baçal, existia um documento de memórias no qual, Martim Anes referia a construção do edifício durante a sua existência, servindo de ponto de reunião para os Homens Bons do concelho; 1503, 25 dezembro - o edifício é referido como cisterna;1510 - carta em que o Duque de Bragança refere a casa do concelho "que está na cisterna", parecendo-lhe que não se podia fazer boa obra; refere que se devia cobrir as paredes que já estavam para ficar seguras e começar a fazê-la como uma casa de esquadria, dando-lhe o comprimento e largura que mais se pudesse e houvesse naquele chão, podendo para isso derrubar as duas ou três paredes até ao "lajoamento"; não se devia despender com isso mais que o feitio, pois a "cantaria hi fica e a altura das paredes dês o lajoamento ates a armaça deve ser de quatro varas e mea e a armação deve de ser feita de boa madeira e bem lavrada e devemlhe de fazer algumas janellas do modo que se agora acostuma"; para as obras deveriam consultar Lopo de Sousa, o alcaide-mor de Bragança, o qual saberia dar bom conselho; 1589, dezembro - o duque D. Teodósio II repreende os responsáveis do município por não trazerem bem reparados alguns edifícios públicos, nomeadamente a casa de audiência; sobre essa refere ter sido informado que era pequena e estava em lugar "escuso", encomendando assim que procurassem um lugar público onde se pudesse construir um outro edifício que, ao que parece não chegou a ser edificado; séc. 17 - época provável da alteração do edifício, com abertura de janelas de sacada na fachada virada a O. e a S., onde um dos arcos centrais se adaptou a porta e se construiu escada de pedra de um lanço; 1758 - segundo o pároco nas Memórias Paroquiais da freguesia de São João Batista, a casa da Câmara era uma das obras mais antigas do Reino, sendo tradição que se conservava ainda do tempo dos romanos pois diziam que havia nesta cidade senadores que, por serem muitos, ouviam as partes por umas janelas redondas que a casa tem toda à roda; o pároco refere ainda que no interior tinha um poço que mostrava muita antiguidade; tinha juiz de fora e ouvidor; séc. 19, meados - desde essa época que era reclamada a sua reconstituição nas páginas da Revista Popular para acolher as repartições camarárias e um museu arqueológico, apesar da exiguidade do espaço e planimetria pentagonal; séc. 20, início - o local servia de abrigo a pessoas sem recursos; 1910, cerca - segundo o Abade de Baçal, o edifício encontrava-se "desprezado, mutilado e... sem cobertura"; 1916, 20 março - realização de um projeto de restauro da "Antiga Casa do Senado Municipal" pelo arquiteto Arnaldo Redondo Adães Bermudes; nesta data, a cisterna era rasgada na fachada virada a E. por porta de verga reta, dando para o exterior, com pavimento muito rebaixado; 1925 - criação do Grupo dos Amigos dos Monumentos e Obras de Arte de Bragança, sob a presidência do abade de Baçal; 1930, 11 janeiro - criação de Comissão para direção das obras da Domus Municipalis de que fazia parte o arquiteto Baltazar de Castro (Portaria de 8 janeiro, DG n.º 9, 2.ª série); antes das obras de restauro, a casa da câmara tinha adossado à fachada lateral N. alguns anexos e ao ângulo SE. um muro de pedra com portal em frontão triangular; interiormente encontrava-se dividido em duas salas; 1932 - inauguração da Domus pelo ex-ministro Alfredo de Magalhães, conforme lápide inscrita existente no interior; 1979, abril - re-equacionada a reutilização do imóvel; 1992, 01 Junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126.
Características Particulares
Edifício invulgar e sem paralelo na Península Ibérica, composto pela sobreposição de duas estruturas funcionais distintas e de diferentes épocas, constituindo o ex-libris da cidade. A cisterna foi construída na Idade Média, talvez no séc. 13 ou 14, semienterrada, com toda a estrutura em cantaria, conservando parte do aparelho siglado, tendo no interior nascente, mas com sistema complementar de abastecimento; este era feito através de caleiras abertas, dispostas ao nível da antiga cobertura do edifício em quatro faces, a partir das quais as águas pluviais eram conduzidas por condutas para o interior, bem como, muito provavelmente, pelas três bocas rasgadas no lajeamento que atualmente constitui o pavimento da casa da câmara. Em 1510, na sequência da carta do Duque de Bragança e seguindo as suas orientações, o município construiu a casa de reunião do senado sobre a estrutura lajeada da cisterna, com o cumprimento e largura que o chão permitia e procedendo a algumas regularizações das paredes, o que veio a resultar na planimetria poligonal. A abertura de arcadas de volta perfeita sobre pilares possantes ao longo das fachadas e o seu remate com nova cornija sobre cachorrada com decoração arcaizante, levou os autores a considerar a denominada Domus Municipalis como exemplar da arquitetura românica ou gótica, integrando-se, segundo Leonor Botelho, no chamado românico de resistência datado do séc. 16. A cornija do remate foi construída como uma segunda caleira de onde partiam condutas dispostas em alguns ângulos, para aumentar o armazenamento de água que, no interior da cidade, sempre foi insuficiente. As aduelas dos arcos são exterior e interiormente lisas exceto numa das faces interiores, o que poderá indicar algum desfasamento temporal na feitura da obra. Os cachorros têm decoração antropomórfica, zoomórfica, vegetalista ou geométrica, exceto um do interior que tem as armas de Portugal, representadas com os cinco escudetes, os dos flancos apontados para o exterior e com bordadura envolvente e terminada em cunha, remate que só surgiu com D. Manuel I, coincidindo com a época da construção da casa.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Estrutura em cantaria de granito aparente; pavimento em lajes de cantaria; lápides em bronze e mármore; portas de madeira; grades em ferro nas bocas da cisterna; teto de madeira sobre travejamento do mesmo material; cobertura de telha.
Bibliografia
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - O românico, in História da Arte em Portugal, Lisboa: Publicações Alfa, 1986, vol. 3, p. 141-142; ALMEIDA, José António Ferreira de (org.) - Tesouros Artísticos de Portugal. Lisboa: 1976, pp. 153-154; BENTO, Sandra - Domus Municipalis vai ser recuperada, in Diário de Notícias, 16 Dezembro 2006; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique - As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património. Braga: 2007; BOTELHO, Maria Leonor - Domus Municipalis in ROSAS, Lúcia, BOTELHO, Maria Leonor (coord.) - Arte Românica em Portugal. Aguilar do Campo: Fundación Santa María la Real, 2010; CASANOVA, Maria José, Bragança, cidade-fortaleza setuada no estremo de portugall e Castela. Revista Monumentos. Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. Lisboa, dezembro 2011, nº 32, pp. 24-41; DIAS, Pedro - História da Arte em Portugal. O Gótico. Lisboa: Publicações Alfa, vol. 4, pp. 57 e 62; DGEMN - "Domus Municipalis" de Bragança. Boletim n.º 4. Lisboa: DGEMN, 1936; FERNANDES, Paulo Almeida - Castro de Avelãs: o estranho caso de uma igreja de tijolo. Revista Monumentos. Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. Lisboa, dezembro 2011, nº 32, pp. 84-95; GONÇALVES, Carla A. - O lugar dos homens bons, in Mensageiro de Bragança, 01 Junho 2006; JÚNIOR, Francisco Felgueiras - Roteiro e Escorço Histórico da Cidade de Bragança. Bragança: Amigos de Bragança, 1964; LOPO, Albino dos Santos Pereira - Bragança e Benquerença. Lisboa: Imprensa Nacional, 1900; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952. Lisboa: 1953; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959. Lisboa: vol. 1, 1960; NETO, Maria João - A Acção da DGEMN em terras de Bragança. Revista Monumentos. Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. Lisboa, dezembro 2011, nº 32, pp. 108-117; RODRIGUES, Luís Alexandre - Bragança no século XVIII Urbanismo. Arquitectura. Bragança: Junta de Freguesia da Sé, 1997, vol. 1; TEIXEIRA, Raúl - A Domus Municipalis de Bragança. Notícia Histórica. S.l.: 1941.
Documentação Gráfica
IHRU: DREMN/DREMN, DGEMN/DSID
Documentação Fotográfica
IHRU: DREMN/DREMN, DGEMN/DSID, SIPA
Documentação Administrativa
IHRU: DREMN/DREMN, DGEMN/DSID
Intervenção Realizada
1929 - conclusão das obras de restauro do edifício, com remoção dos acrescentos posteriores, como as janelas setecentistas e as escadas exteriores, supressão da parede divisória interior, ficando o espaço amplo; as orientações a tomar nas obras foram alvo de discussão alargada a vários especialistas; por exemplo, equacionou-se o fecho das arcadas com vidraças, fazendo o mestre António Augusto Gonçalves esquiços com a adaptação aos vãos semicirculares, acabando por se optar pela reintegração estilística e fruição do imóvel "per si"; 1932, 23 Outubro - conclusão das obras de restauro graças ao alerta dado pelo Pe. Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal, em 1910, e à dedicação do magistrado bragançano Dr. Artur Lopes Cardoso e à energia da Comissão de Defesa constituída pelos Drs. Raúl Teixeira e António Quintela, José Montanha e Capitão Tomaz Fragozo, então Governador Civil de Bragança, e Grupo de Amigos do Museu e Obras de Arte de Bragança;DGEMN: 1960 - informação que já se encontram demolidos os prédios constantes da 1ª e 2ª fases das expropriações destinadas à valorização do castelo e da domus e efetuada a regularização do terreno resultante do trabalho realizado; dada a falta de verbas para esse ano, não se permitia a conclusão das expropriações (3ª fase), a demolição dos prédios e regularização; 1963 - obras de desafogo da fortificação e de arranjo envolvente da domus por Manuel Domingues Chaves: demolição de um imóvel de dois pisos, revestimento do pavimento envolvente da domus com aplicação de lajedo de xisto, execução de arruamentos com lajedo e calçada de xisto; CMB: 2007 - obras de conservação.
Observações
*1 - A denominação de Domus Municipalis, designação latina para casa da câmara, poderá ter sido atribuída no séc. 19 ou já mesmo no séc. 20.
Autor e Data
Paulo Amaral 1996 / Paula Noé 2012

in:monumentos.pt

Antigas Obras de Recuperação do Castelo de Bragança e Zona Envolvente

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Castelo e barbacã, construção da barbacã, durante e depois da
intervençãoJosé Marques Abreu Júnior,1964,
FOTO.0049706, FOTO.0049846
Castelo e barbacã, construção da barbacã, durante e depois
da intervençãoAlberto da Silva Bessa, 1964,
FOTO.0049798 | José Marques Abreu Junior, 1968,
FOTO.0049951
Castelo e barbacã, construção da barbacã | Descrição dos
trabalhos a executar (31 março 1964)José da Silva Marques, 1964,
FOTO.0049838 | TXT996947
Domus Municipalis, antes da intervenção
Amadeu Astorga Viana (reprodução), s.d., FOTO.0044748
Domus Municipalis, antes da intervenção | Ofício assinado pelo
arq. Baltazar de Castro
(4 abril 1930)Amadeu Astorga Viana (reprodução), s.d.,
FOTO.0044717 | TXT.00997476
Domus Municipalis, antes e depois da intervenção
Amadeu Asrtorga Viana
(reprodução), s.d., FOTO.0044708 | 
José Marques Abreu Júnior, s.d,
FOTO.0044709
Domus Municipalis, antes e depois da intervenção
Amadeu Astorga Viana (reprodução), s.d., FOTO.0044718 |
José Marques Abreu Júnior, s.d.,
FOTO.0044719
Domus Municipalis, Abade Baçal no interior,
antes e depois da intervenção
Amadeu Astorga Viana (reprodução), s.d., FOTO.0044721 |
José Marques Abreu Júnior, s.d.,
FOTO.0044722
Zona de proteção da Domus Municipalis, antes e depois da intervenção
Alberto da Silva Bessa, 1963,
FOTO.0049610 | José Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049786
Zona de proteção da Domus Municipalis, casas demolidas |
Ofício da DSU (4 março 1955)s.a., s.d., FOTO.0044704 | TXT.0094266
Zona de proteção da Domus Municipalis, casas demolidas |
Informação assinada pelo arq. Alberto da Silva Bessa (29 agosto 1959)
Alberto da Silva Bessa, 1954, FOTO.0044733 | TXT.00095083
Zona de proteção da Domus Municipalis, casas demolidas
José Marques Abreu Júnior, 1955, FOTO.0049569, FOTO.0049500
Zona de proteção da Domus Municipalis, casas demolidas
José Marques Abreu Júnior, 1955, FOTO.0049568, FOTO.0049509
Castelo e barbacã, antes da intervençãoJVM, 1957, FOTO.0049574
Castelo e barbacã, antes e durante a intervençãoMPC, 1961,
FOTO.0049604 | José Marques Abreu Júnior, 1965, FOTO.0049900
Castelo e barbacã, estaleiro na área dos quartéis do antigo
Batalhão de Caçadores
José Marques Abreu Júnior, 1964,
FOTO.0049698, FOTO.0049699
Castelo e barbacã, reconstrução da barbacã,
durante e depois da intervenção
José Marques Abreu Júnior, 1964,
FOTO.0049850 | Alberto da Silva Bessa,
1965, FOTO.0049882
Castelo e barbacã, reconstrução do arco da Porta Falsa
José Silva Marques, 1964, FOTO.0049839, FOTO.0049830
Castelo e barbacã, reconstrução da muralha junto à Porta Falsa
José Marques Abreu Júnior, 1967, FOTO.0049934, FOTO.0049940
Castelo e barbacã, recinto do castelos.a, 1945, FOTO.0049518 |
Alberto da Silva Bessa, 1976, FOTO.0049963
Batalhão de Caçadores, antes da demolição
José Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049658
Batalhão de Caçadores, edifício sul antes da demolição |
Descrição dos trabalhos a executar (17 março 1964)
José Marques Abreu Júnior, 1961, FOTO.0049599 | TXT.996893
Batalhão de Caçadores, edifício sul junto à porta do Sol,
antes da demolição José Marques Abreu Júnior, 1955,
FOTO.0049542 | José Marques Abreu Júnior, 1961, FOTO.0049596
Batalhão de Caçadores, edifício sul antes e durante a demolição
José Marques Abreu Júnior, FOTO.0049644, FOTO.0049707
Batalhão de Caçadores, edifício nascente antes e depois da demolição
Alberto da Silva Bessa, 1958, FOTO.0049578 |
José Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049723
Batalhão de Caçadores, edifícios norte e nascente antes da demolição
José Marques Abreu Júnior, 1961, FOTO.0049594, FOTO.0049600
Batalhão de Caçadores, demolição dos edifícios junto ao castelo
José Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049652, FOTO.0049653
Batalhão de Caçadores, demolição dos edifícios junto ao castelo
José Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049696, FOTO.0049697
(montagem)
Batalhão de Caçadores, edifício sul junto à igreja de Santa Maria,
antes e durante a demoliçãoJosé Marques Abreu Júnior, 1955,
FOTO.0049553 | Alberto da Silva Bessa, 1964, FOTO.0049803
Batalhão de Caçadores, demolição dos edifícios
junto à igreja de Santa Marias.a., 1964, FOTO.0049858,
FOTO.0049859, FOTO.0049864 (montagem)
Muralhas, pano da muralha norte, antes da intervençãos.a., s.d.,
FOTO.0049441
Muralhas, reconstrução da torre do Relógio,
junto ao adarve norte S.a., 1948,
FOTO.0049464 | s.a., s.d., FOTO.0049451
Muralhas, adarve norte durante e depois da intervenção
José Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049673 |
José Marques Abreu Júnior, 1967, FOTO.0049933
Muralhas, adarve sul durante e depois da intervenção
José Marques Abreu Júnior, 1966, FOTO.0049909 |
Amadeu Astorga Viana, 1965, FOTO.0049869
Porta do Sol, reconstruçãoJosé Marques Abreu Júnior, 1965,
FOTO.0049889
Porta do Sol, reconstrução de pano de muralha |
Programa do concurso (4 setembro 1964)
José Silva Marques, 1964, FOTO.0049834 | TXT.00996651
Porta do Sol, reconstrução do pano de muralhaJosé Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049724, FOTO.0049747
Porta do Sol, reconstrução do pano de muralha antes e depois da intervençãoJosé Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049724 | José Marques Abreu Júnior, 1966, FOTO.0049921
Porta do Sol, durante e depois da intervençãoAlberto da Silva Bessa, 1965, FOTO.0049883 | José Marques Abreu Júnior, 1965, FOTO.0049902
Espaço público, área dos quartéis do antigo Batalhão de Caçadores, antes da intervençãoAlberto da Silva Bessa, 1964, FOTO.0049809
Espaço público, abertura de vala na rua Fernão o Bravo | Descrição dos trabalhos a executar (19 julho 1965)s.a., 1964, FOTO.0049863 | TXT.0093014
Espaço publico, abertura de vala na rua Fernão o BravoS.a., s.d., FOTO.0049865 | Alberto da Silva Bessa, 1964, FOTO.0049801
Espaço público, calcetamento da antiga esplanada junto à porta da VilaJosé Marques Abreu Júnior, 1964, FOTO.0049627 | Alberto da Silva Bessa, 1964, FOTO.0049815
Visita a Bragança do ministro da Instrução, Dr. Alfredo Magalhães | Assinatura dos técnicos que intervieram na obraFOTO.0540834, 1932?, Joshua Benoliel

in:monumentos.pt

Pelo quinto ano consecutivo, o Castelo de Bragança recebeu o Encontro Ibérico de Música Popular.

FESTIVAL DAS MIGAS E DO PEIXE DO RIO DECORREU ESTE FIM DE SEMANA EM MONCORVO

Património - «Os sinos e a sua sonoridade têm estado esquecidos»

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Maria Adelaide Furtado integra um grupo de investigadores que propõe inscrever «a linguagem dos sinos» na Matriz Nacional do Património Cultural Imaterial. Uma candidatura que integra um novo conceito, o da «paisagem sonora», pertença das comunidades e expressão da sua identidade. Um estudo sobre um património «frágil» e que nos alerta para um facto: «os sinos e a sua sonoridade têm estado esquecidos».
Café Portugal - Juntamente com outros investigadores propõe-se inscrever os sons dos sinos na Matriz Nacional do Património Cultural Imaterial. Sendo elementos tão arreigados ao nosso património é estranho ainda não constarem deste inventário. Porquê?
Maria Adelaide Furtado (M.A.F.) - A sua pergunta permite-me começar por esclarecer que não estamos a falar dos sinos enquanto património material, efectivamente eles representam um ancestral património, mas o que trazemos de inédito é a necessidade de serem olhados na perspectiva do património cultural imaterial. Os sinos têm essa singularidade ou dupla vertente, a material e a imaterial. A «Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial», adoptada pela UNESCO em 2003, ratificada nesse ano pelo Estado Português, mas só em vigor com a sua publicação em Agosto de 2008, vem introduzir em território nacional a faculdade de identificação de uma diversidade de valores culturais e o papel de novos actores, as próprias comunidades.
A Convenção é o reconhecimento de um papel activo das comunidades na salvaguarda deste tipo de património. Importa referir que, o objectivo da «inscrição da linguagem dos sinos» na matriz nacional do património cultural imaterial será o reconhecimento da função dos sinos e está implícito outro novo conceito «a paisagem sonora» que as comunidades considerem como parte da sua história e identidade colectiva. 
Em síntese, estamos perante o objectivo do reconhecimento da função dos sinos, desde sempre presentes na paisagem sonora, numa ancestral função de comunicadores, isto é, numa comunicação simbiótica ou linguagem especial, quer marcando as horas, convocando ao culto, anunciando as más notícias, ou deixando no ar o anúncio de festa e alegria. Ainda na definição do que é passível de reconhecimento como património cultural imaterial (PCI) podem integrar-se tradições, saberes e técnicas tradicionais, práticas e expressões de determinada comunidade, desde que identificadas como parte integrante da sua cultura, transmitidas por gerações, mas ainda com manifestação na actualidade, em suma, que representem elementos da história, património e identidade de um lugar. Respondendo agora à sua pergunta, a imaterialidade dos sinos integrados neste conceito de património cultural imaterial são um património muito jovem. 
C.P. - Trata-se de proteger uma expressão das comunidades locais antes do desaparecimento desse traço cultural?
M.A.F. - Exacto e encontramos essa preocupação na própria Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial no plano das suas recomendações ou Medidas de Salvaguarda. Efectivamente o património cultural imaterial é intangível, é um tipo de património associado a pessoas, a grupos. São as pessoas que garantem a sua existência, vivenciando a imaterialidade e transmitindo-a às gerações futuras. É um património frágil, em constante mutação, acompanha as mudanças sociais e históricas. É portanto um património susceptível de desaparecer ou desaparecerem as condições que lhe dão sentido. E qualquer trabalho de investigação social sobre património cultural imaterial, seja pesquisa, inventariação, digitalização de documentação, seja registo fotográfico, fonográfico, etc., tem uma enorme importância no plano da salvaguarda desse património. Pelo que, qualquer actividade de sinalização e recolha conduz à preservação, promoção e valorização dos nossos valores culturais, regionais ou nacionais. Podemos ainda observar que está implícito nestas Medidas de Salvaguarda a faculdade de revitalização do património cultural imaterial, com o objectivo de impedir o seu desaparecimento enquanto expressão de identidade duma comunidade. Pretende-se identificar e salvaguardar a linguagem dos sinos, na sua expressão ou forma de comunicação, o que nos foi transmitido por gerações mas num recorte de actualidade, o tal traço cultural que mencionou.
C.P. - Pode aprofundar essa noção de revitalização do património que acaba de mencionar como constando na Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial ?
M.A.F. - Como Jurista não posso deixar de chamar a atenção para esse conceito, a revitalização de um património imaterial. Segundo o quadro legal, nos pressupostos estabelecidos nesta Convenção, é exigível que as comunidades ainda se identifiquem com esse passado e portanto é condição necessária que o património imaterial expresse uma identidade ainda actual, património vivo. Este rigor está implícito nos pressupostos da candidatura e é perfeitamente justificável, pois tem por objectivo impedir «recriações» fantasiosas ou abusivas. Significa que, só pode ter reconhecimento como património cultural imaterial, o património que além de ter carácter intangível, represente um sentimento de pertença, que exista uma expressão de continuidade no presente, e o seu reconhecimento como património cultural imaterial tem em vista a preservação desse valor e identidade da comunidade. 
C.P. - Pode dar-nos um exemplo?
M.A.F. - Vou dar um exemplo «ao contrário» no âmbito dos sinos. O processo de fundição dos sinos, que também representa uma arte do fogo, foi desde sempre rodeado de mitos e superstições, talvez pela razão de uma procura mítica do som perfeito. Acresce referir que a actividade das fundições dos sinos era circunscrita a algumas famílias de sineiros, que perpetuavam o saber dentro do círculo familiar ou na união com outras famílias sineiras. E com este secretismo e superstições no processo de fabrico, levavam os sinos a um plano entre o sagrado e o profano. 
Os sinos passavam a «res sacra» isto é, «coisas sagradas» após a bênção numa cerimónia que antecedia a colocação nas torres sineiras. Para as populações, durante séculos, os sinos representavam o «poder» de afastar os perigos das intempéries, granizos e trovoadas ou afastar os parasitas das colheitas, com um toque sineiro que designavam por «toque aos frutos da terra e do mar». Ora, este plano da cultura imaterial não tem actualidade, não expressa um sentimento de identificação com o saber actual, não permaneceu como identidade dos grupos, e não faria qualquer sentido trazer-se esta tradição para o plano imaterial, nem salvaguarda, por ser matéria que se circunscreve a uma época passada.
C.P. - Estamos a falar de um património que acompanha as comunidades desde o nascimento dos seus membros até à morte…
M.A.F. - É frequente ouvir-se essa expressão, vale o que vale. Mas na minha óptica, a importância dessa expressão corrente, é que contem a tal valoração, o tal conceito agora desperto «a paisagem sonora». Mas, os sinos e a sua sonoridade têm estado esquecidos, apesar de cumprirem a útil missão de comunicar com a comunidade. Frequentemente chamo a atenção para as torres sineiras que são um museu vivo. Subir a uma torre sineira é encontrar obras de arte, o bronze dos sinos são peças de arte, são «quadros vivos» identificadores de tendências artísticas de mestres sineiros ao longo dos tempos. A nossa Associação de Defesa do Património - Al Baiaz tem vindo a dar o seu contributo para a valoração deste potencial, alertando para a defesa deste valioso património material e imaterial. Só a título de curiosidade, julgo interessante referir que, nos anos sessenta do século XX, o sino foi excluído do projecto de investigação dos «Estudos dos instrumentos musicais populares» embrionário do Museu Nacional de Etnologia, um importante trabalho de investigação de Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Pereira (1960-63) com a justificação que o fabrico dos sinos é da esfera da indústria metalúrgica, posição que então não foi absolutamente consensual. Recordo esta questão, como indicador que o som dos sinos e a sua função representam hoje um novo exemplo de património, mas desde sempre estiveram associados a festas populares e tradições.
C.P. - Pode dar-nos alguns exemplos das funções dos sinos em diferentes zonas do país?
M.A.F. - Num sentido lato duas funções principais, uma a de marcador do tempo, isto é, a informação das horas, outra função a de acompanhar a ritualidade das celebrações eclesiásticas e ainda uma terceira função, mas esta só com carácter residual o chamado toque a rebate, ou sinal de alarme, que representam formas de alerta de perigos para acção das comunidades na sua defesa. De forma muito breve, refiro que importa distinguir os sinais e os toques sineiros. Ainda é frequente encontrar pessoas que se referem à sonoridade dos sinos, como cantar, chorar, repicar, badalar, bater, etc. Há toques com o sino parado (repiques), outros com o sino em movimento (os dobles). Mas é provável que possamos ser levados a concluir que estamos perante um quadro em que existe uma grande uniformização de sonoridade, isto é, um catálogo de toques que foi imposto no passado como regra e assimilado e retransmitido com rigor. A confirmar-se esta minha perspectiva só encontro como causa do fenómeno, a rigidez de normas impostas no século XVII pela hierarquia de Roma face à época, numa multiplicidade e desorganização no acompanhamento da liturgia e outras celebrações, e numa necessidade de pôr termo a uma certa indisciplina generalizada no topo das torres sineiras. Dando resposta a recomendações da Santa Sé, para que os toques sineiros tivessem regras em todo o território nacional e na busca de reconhecimento para obtenção da elevação da Capela Real a Patriarcado, D. João V procurou que prontamente fossem estabelecidos procedimentos protocolares nesse sentido. Graças à obra do Padre António Rodrigues Lages, num manuscrito de 1760 que ofereceu ao Mestre de Cerimónias da Igreja Patriarcal de Lisboa, é possível conhecer-se a paisagem sonora setecentista. A obra contém informação sobre a regulação das horas, e aponta a necessidade do estabelecimento de regras nas cerimónias litúrgicas e os momentos de intervenção da sonoridade dos sinos. Tudo indica que terminado o período de falta de uniformização dos toques sineiros, e estabelecido o «catálogo procedimental», foram séculos com grande fidelidade à uniformização nos templos e lugares.
C.P. - Hoje a profissão de sineiro está em vias de extinção. Não conseguem competir com os mecanismos de toque automáticos. Pode aprofundar?
M.A.F. - Tocar o sino nunca foi actividade profissional e essa função era em regra desempenhada por homens, provavelmente porque o peso dos sinos exige, além de mestria do toque, esforço físico. Mais uma vez sou levada a mencionar outra curiosidade, sobre as ditas superstições tão associadas à história dos sinos. Tocar o sino era actividade essencialmente masculina, e no passado era corrente esta afirmação «mulher que toca sino não casa» esta e outras superstições ainda estão presentes na tradição oral. Mas, os toques automáticos também expressam uma alteração na forma como se organizam as comunidades, designadamente a comunidade católica, na necessidade das pessoas coordenarem as suas actividades laicas e espirituais. A mecanização entrou para facilitar o papel do homem, todos aceitamos esse facto como uma resposta, é mais um sinal dos tempos. Mas, se a arte de tocar o sino for transmitida e valorada junto dos mais jovens, poderemos observar um fenómeno inverso. 
C.P. - Foquemo-nos na indústria da fundição dos sinos? Pode abordar brevemente esta realidade?
M.A.F. - É fascinante esta arte e tem sido muito esquecida. Tenho a maior admiração pelo trabalho desenvolvido nas duas únicas fundições em actividade no nosso país, a fundição de sinos de Braga e a de Rio Tinto. Há a coincidência da fundição de Rio Tinto ter iniciado actividade em 1899, precisamente no mesmo ano que iniciou laboração a Fundição de sinos da Boca da Mata-Alvaiázere, fundada pelo Mestre António Alves Ferreira. Neste lugar, apesar da extinção da fundição já ter ocorrido «os sinos ainda falam». Inúmeras obras do Mestre fundidor e de seus netos, que prosseguiram actividade até 1962, atestam o reconhecimento devido, bastará referir dois sinos na célebre Torre de Dornes que datam de 1910, um sino com cerca de oitocentos quilogramas na Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia no Castelo, em Ourém, ou a beleza do sino da Igreja da Freixianda, isto a título de exemplo. Apontada como a última fundição de sinos artesanal do século XX, foi premiada em 1927 com a medalha de prata na exposição industrial de Caldas da Rainha.
C.P. - Este é um trabalho da Associação Al Baiaz, onde é vice-presidente. Pode falar-nos desta associação e das suas actividades?
M.A.F. - A nossa Associação de Defesa do Património foi constituída em 1998 e está sedeada em Alvaiázere. Prossegue como objectivos fundamentais e inscritos nos estatutos, o estudo e inventariação, defesa, valorização e promoção do património natural, arqueológico, histórico e património cultural deste concelho e concelhos limítrofes. Precisamente na tipificação das actividades a prosseguir, os seus estatutos contemplam como actividades - a promoção junto das instituições e organismos competentes, no respeitante à classificação de património natural e cultural. A Al-Baiaz tem procurado divulgar o património da região, através de jornadas, colóquios, palestras, visitas e outros meios. A título exemplificativo deixo as seguintes notas, no plano do património cultural em 1999, a associação Al-Baiaz apresentou às entidades competentes a proposta de classificação do Castro da Serra de Alvaiázere. Outro exemplo de actuação, mas agora no âmbito do património natural, segundo orientação do Professor Dr. Mário Lousã, nosso distinto associado e dirigente, foi realizado um exaustivo trabalho no plano da inventariação e classificação de espécies típicas dos terrenos calcários – as chamadas orquídeas selvagens, características deste maciço calcário de Sicó, a serra de Alvaiázere É nestes terrenos calcários que se encontra o maior número de orquídeas selvagens, o que deu origem ao seu reconhecimento e hoje integram o que se designa por Sítio Sicó-Alvaiázere (PTCON 0045). Este trabalho e a publicação de uma pequena obra, roteiro para orientação no terreno, representarão para sempre, um importante contributo da nossa associação na inventariação e identificação deste património natural. Da sua importância bastará referir que os habitats que possuem estas espécies devem ser rigorosamente protegidos por constituírem um dos Habitats Prioritários segundo Directiva 92/43 da União Europeia.
C.P. - Quando está previsto terminar o trabalho de recolha de informação e o reconhecimento dos sinos como Património cultural Imaterial?
M.A.F. - Ainda não se desenha no horizonte a conclusão do trabalho, pelo que ainda não se pode avançar com um calendário de formalização. Mas ainda no ano em curso, iremos realizar as Jornadas anuais da associação e esta temática, a linguagem dos sinos e o seu reconhecimento como património cultural imaterial será a temática deste ano.

Sara Pelicano
in:cafeportugal.net

Argozelo reivindica calamidade pública

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O presidente da junta de freguesia de Argozelo, concelho de Vimioso, pede ao Ministério da Agricultura que seja decretada calamidade pública na sequência dos estragos agrícolas causados pela tromba de água e granizo que se abateu sobre aquela zona do distrito.  
A Direcção Regional de Agricultura do Norte já fez um levantamento dos prejuízos.Francisco Lopes espera que o Governo declare situação de calamidade pública porque “há agricultores que ficaram com as suas culturas completamente destruídas e não têm outra forma de sobrevivência”. 
O autarca já comunicou esta pretensão ao Ministério da Agricultura “e os agricultores prejudicados também já foram ouvidos, agora espero uma resposta positiva e algum apoio para estas pessoas que viram o seu trabalho anual destruído em 45 minutos”.
Francisco Lopes espera que o Governo ajude os agricultores prejudicados através de apoios financeiros. “Uma vez que este ano já não é possível repor a produção nem os agricultores têm seguro de colheitas, esperamos que haja um apoio financeiro para esta situação”, conclui.

Escrito por Brigantia

S. Julião armazena água para rega

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S. Julião, no concelho de Bragança, já tem um tanque para armazenamento de água destinada à rega, situado no largo da aldeia.
O presidente da Câmara de Bragança salienta a importância deste tanque para a gestão da água. “Esta obra de requalificação do largo da aldeia, além de beneficiar o espaço urbano, consegue fazer uma melhor gestão da água que é um recurso essencial para a rega das hortas”, realça Jorge Nunes.
O presidente da Junta de Freguesia explica que “todos os dias, o charco está aberto entre as cinco da manhã e a uma da tarde para regar os terrenos. Um dia a água vai um lado, outro dia vai para outro até que dá a volta”. Elias Vara acrescenta que “antes encarregávamos uma pessoa de dar uma hora de rega a cada agricultor, mas agora cada um rega aquilo que quer”.
A obra, que custou cerca de 40 mil euros, resulta da requalificação do largo e integra, ainda, a construção de um parque infantil.

Em Fresulfe aprendeu-se a fazer cusco

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A Associação Tarabelo organizou uma Oficina de Cusco em Fresulfe, no concelho de Vinhais
Foram 20 os participantes que aprenderam a fazer cusco tradicional, tendo por formadoras Fernanda e Maria, que asseguram a continuação deste ofício na sua aldeia. Aprendeu-se também a cozinhar pratos à base de cusco: sopa de cusco, cusco com enchidos e entremeada. 
Destacou-se também uma sobremesa de cusco. Foi dirigido um convite aos restaurantes do concelho, para que estivessem presentes e se lançassem na introdução deste valioso recurso - o cusco - na ementa dos seus estabelecimentos.


MOGADOURO: ESPERADAS UMA CENTENA DE AERONAVES PARA O FESTIVAL RED BURROS FLY IN

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O festival aéreo "Red Burros Fly-In" regressa aos céus de Mogadouro no próximo sábado, levando ao aeródromo municipal cerca de uma centenas de aeronaves, disse fonte autárquica ligada à organização do evento. 
Para o vice-presidente da Câmara de Mogadouro, João Henriques, "este é já o maior festival do género que se realiza em Portugal" dado o número de aeronaves de vários modelos e de diversas nacionalidades que se juntam no Aeródromo Municipal de Mogadouro, bem como a quantidade de espetadores que geralmente aderem à iniciativa.
"Acreditamos que este ano o festival seja um sucesso. Estamos já com 70 aeronaves inscritas, número que ao longo da semana vai aumentar, uma vez que as inscrições continuam abertas ", acrescentou o autarca.
Entretanto, a Câmara de Mogadouro e o Centro Internacional de Voo à Vela vão promover a partir de hoje e até sábado a "Térmicas 2013", uma iniciativa aeronáutica que pretende juntar pilotos de voo planado de todo o país e, ao mesmo tempo, proporcionar batismos de voo para os apaixonados pelas máquinas voadoras.
"Este conjunto de iniciativas aeronáuticas que propomos é já um espetáculo ganho, que acaba por dinamizar o turismo regional", frisou o autarca.
O "Red Burros Fly In" é um festival aeronáutico que se realiza há quatro anos consecutivos no Aeródromo Municipal de Mogadouro (AMM) e que tem como pontos altos a exposição de vários modelos de aviões e planadores, além de batismos de voo.
"O nome colocado ao evento caiu bem na opinião pública", frisou João Henriques, explicando que "o ‘Red’ significa o sangue, alma e empenho dado ao festival" e que "a [outra] palavra faz jus a um animal que está na moda e sempre teve ligações à região [o burro]".
A organização espera cerca de uma centena de aeronaves - de Portugal, Espanha e França - e quer ainda ultrapassar a barreira dos 2.500 espetadores contabilizados em média nas três últimas edições.
Nomes de "topo da acrobacia aérea nacional vão marcar presença no ‘Red Burros', como é caso da Aerobatica, Citabria, Patrulha Fantasma, a Smoke Wings, com uma demonstração de voo de um autogiro que vem de cidade espanhola de Benavente, para além de uma formação que vai juntar mais de uma dúzia de aviões.

in:rba.pt

Fernando Calado apresenta em Miranda do Douro “E já não havia rosas”

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“E já não havia rosas” é o título do último livro publicado por Fernando Calado a apresentar na Biblioteca Municipal de Miranda do Douro, a partir das 18 horas, dia 1 de agosto.
Este é um livro de ficção…mas também uma história de amor…ou talvez a história emocionante de uma grande amizade que fica…de memórias…de afectos para que a vida ainda possa ser uma coisa muito bonita… E já não havia rosas, é um livro, uma história e uma viagem por todo o nordeste transmontano… onde nos sentimos acompanhados pelo pulsar das nossas aldeias, vilas e cidades, pelo remanso dos rios, pelo voo das cegonhas, pelo vermelho das cerejas, pela pureza da flor, pelo sentir de um povo que obrigou a terra a ser mãe no milagre das colheitas.
E já não havia rosas é um livro sentido, de alegrias e tristezas, de encontros e desencontros, escrito na longa noite de Milhão, onde o autor habita e conta a história de uma mulher bonita que chegou ao amanhecer e já não havia rosas e chovia e de outras mulheres que fazem pão… criam o cevado… semeiam a horta… mondam o trigo, plantam morangos, acariciam as flores, falam ao soalheiro, criam filhos, enlaçam a renda, vão à missa, rezam o terço, andam as cruzes, cantam romances, temperam o fumeiro… rezam aos santos… benzem as maleitas… pegam nos netos… partilham o amor… fiam o linho… tecem a colcha e fazem as meias que afagam os Invernos!
E já não havia rosas é a história de chegadas e partidas, de gestos que se perdem na lonjura da estrada e devolve-nos o nordeste transmontano por inteiro, na memória do adro da igreja, da cerca da escola, da forja, do tear, do moinho lousado, da pedra alveira, das segadas, das malhas, do espadar do linho, da fruta madura, do toque das Trindades, do cheiro a feno, dos rebanhos pastando no paciência do pastor, do carro de bois, do arado, da adega fresca, do vinho… ou então do orvalho que todos os dias, em tempo de Primavera, namora com as roseiras do nosso quintal, ou do sol que se faz soalheiro no alpendre da velha casa. É um livro de sinais e códigos, onde reina a palavra e os silêncios na memória dos tempos.
O livro já não pertence ao escritor…é de todos…mas depois de o ler fica a saudade do nosso convívio com as mulheres, os homens, as rosas, os animais e toda a natureza que moram dentro do livro, escrito por Fernando Calado, mais com o coração do que com a razão indo ao encontro das coisas mais bonitas da humanidade para que tudo fique justo e perfeito.

Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e Professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

in:noticiasdonordeste.com

“Do Espírito na Arte” até final de agosto na Casa da Cultura Mestre José Rodrigues

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Armando Lopes expõe até ao final do mês de agosto na Casa da Cultura Mestre José Rodrigues, em Alfândega da Fé.
A exposição, a primeira do artista neste espaço cultural, reúne um conjunto de pinturas mas também de Bonsai que representam a versatilidade deste artista e artesão, que tem desenvolvido trabalhos e projetos em diversas vertentes relacionadas com as artes plásticas.
Os trabalhos em couro, a pinturas em tela e cerâmica passando pela bijutaria e mais recentemente pelo cultivo de bonsai de espécies autóctones, têm servido para desafiar o espírito criativo de Armando Lopes. Tal está bem patente nos trabalhos expostos na Casa da Cultura de Alfândega da Fé. Os quadros, que revestem as paredes da Galeria deste espaço cultural, resultam de um processo autodidata e refletem a influência de Kandinsky no percurso artístico do autor. Isso mesmo é referido por Armando Lopes no desdobrável que acompanha a mostra.
“Do Espírito Na Arte é a minha modesta homenagem ao grande mestre Vassilty Kandinsky (1866-1944) mentor e criador da corrente abstrata. A leitura da sua obra literária “do espiritual na arte”, escrita em 1915, foi determinante na descoberta do meu próprio estilo e na compreensão da arte em geral, particularmente na pintura.”
As obras expostas refletem também o percurso do autor. Nascido em Angola em 1961, mas com raízes em Alfândega da Fé, terra que escolheu para viver. Foi também aqui que descobriu a sua mais recente paixão: os Bonsai. Estas criações artísticas completam a exposição. Dividas em duas categorias: os Bonsai e os “Saeikei” (paisagem) ou ecossistemas como o autor prefere designá-los, resultam de um processo de criação artística que valoriza as espécies autóctones. “A inclusão dos Bonsai nesta exposição justifica-se pois estes exemplares assumem-se como uma construção artística, viva e em permanente construção”, explica Armando Lopes.
Estes exemplares são resultado de vários anos de observação, estudo e investigação, que culminaram também no desenvolvimento de um material específico para a colocação dos bonsai. Os tradicionais vasos pesados e dispendiosos foram substituídos por um material criado pelo artista. Uma estrutura inovadora, ultraleve, resistente, térmica e inoxidável que fornece condições de excelência para o crescimento das espécies.
Ao promover a realização de exposições de artistas locais o Município acredita estar a contribuir para valorizar, apoiar e estimular o talento e criatividade destas pessoas. A abertura da Galeria às obras de autores representa a possibilidade de mostrar o trabalho a um público mais alargado, funcionando como uma nova janela de oportunidades.

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“Debaixo das estrelas”, Astronomia no Verão de volta a Macedo de Cavaleiros

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A astronomia abre o programa Descobrir com Ciência proposto pelo Geoparque Terras de Cavaleiros.
Na próxima quinta-feira, a partir das 22h, no Miradouro de Santa Combinha, na Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, os participantes vão aprender a olhar o céu e identificar estrelas e as suas evoluções, apreciar o relevo da Lua e observar galáxias.
Esta primeira sessão do programa de ciência no verão inicia com uma explicação teórica de contextualização. Nas observações à vista desarmada são privilegiadas a orientação estelar e identificação de constelações.
Com o telescópio, observam-se a Lua, Saturno, estrelas em diferentes fases de evolução (azuis, amarelas e vermelhas), enxames de estrelas (abertos e fechados) e a galáxia Andrómeda (M31). Em agosto, dia 12, será realizada nova sessão de astronomia.
O ponto de encontro é na sede do Associação Geoparque Terras de Cavaleiros, no rés do chão do Centro Cultural, às 22h. A inscrição, embora seja gratuita, é obrigatória.

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Prémio Welcome to Portugal procura “cartão-de-visita” que melhor promove o Destino Portugal

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Decorrem até 2 de Setembro as candidaturas à segunda edição do Prémio Welcome to Portugal, que tem como objectivo distinguir as iniciativas turísticas que melhor promovem o Destino Portugal, enquanto “cartão-de-visita” do País.
A iniciativa promovida pelo subcomité LIDE Turismo e Gastronomia, do LIDE Portugal – Grupo de Líderes Empresariais, em parceria com a Organização Mundial de Turismo (OMT) e com o Turismo de Portugal, conta já com dez candidaturas ao prémio, que será entregue dia 5 de Outubro, no âmbito do II Fórum Empresarial do Algarve, a realizar nos dias 4, 5 e 6 de Outubro, em Vilamoura.
No seguimento do sucesso alcançado na primeira edição do Prémio Welcome to Portugal, em que foi distinguida a Rota Vicentina, entre as 35 candidaturas a concurso, pela promoção do turismo ecológico e rural no sudoeste alentejano e na costa vicentina, o subcomité LIDE Turismo e Gastronomia pretende, este ano, distinguir um novo projecto com relevância turística pelo envolvimento das populações locais na relação com os turistas, promovendo Portugal, enquanto destino turístico, dentro e fora do País.
«Pretendemos, com esta iniciativa, dar a conhecer o que de melhor se faz em Portugal em prol do Turismo e ajudar a promover projectos que permitam colocar o nosso País e a nossa gastronomia no topo das escolhas dos turistas que nos visitam», explica Manuel Fernando Espírito Santo, presidente do subcomité LIDE Turismo e Gastronomia.
«O envolvimento das populações locais na relação com os turistas, de forma directa ou indirecta, é, obviamente, essencial para proporcionar experiências únicas e duradouras que constituam, de facto, um importante cartão-de-visita do País, não só no estrangeiro mas também cá dentro», refere o responsável, considerando ainda que «o conjunto de candidaturas recebidas no ano da estreia do Prémio é revelador da riqueza da oferta do Turismo Nacional e da nossa hospitalidade».
Entre as candidaturas recebidas pelo subcomité LIDE Turismo e Gastronomia ao Prémio Welcome to Portugal 2013 constam projectos como o Cooking and Nature Emotional Hotel, situado em Alvados, a Herdade do Sobroso, especialmente vocacionada para o turismo rural, o turismo cinegético e enoturismo, o Lisboa Story Centre, o centro temático do Turismo de Lisboa, a Fundação Serralves – Projecto Serralves em Festa, o restaurante Belcanto José Avillez, entre outros.
«A participação nesta iniciativa constitui uma oportunidade única, uma vez que a candidatura ao Prémio dará, por si só, maior visibilidade ao evento ou iniciativa, além da potencial atribuição do Prémio, que reconhecerá a qualidade e importância destes eventos a nível local, regional e nacional, representando um verdadeiro factor de diferenciação», salienta Manuel Fernando Espírito Santo. «Recomendo vivamente a candidatura de iniciativas de carácter gastronómico, ambiental, desportivo e cultural, que contribuam para proporcionar aos turistas experiências únicas que os motivarão a recomendar Portugal a familiares e amigos como destino turístico e a voltar a visitar-nos», acrescenta.
O júri que atribui o Prémio à melhor iniciativa é constituído pelo presidente da Bolsa de Turismo de Lisboa, e representantes do Turismo de Portugal, da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), da TAP, do subcomité LIDE Turismo e Gastronomia, da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), e dos media partners, RTP e Publituris. Mais informações sobre o Prémio Welcome to Portugal podem ser consultadas no website http://www.lideportugal.com/welcometoportugal/. As candidaturas devem ser enviadas até dia 2 de Setembro, para sandra.pina@lideportugal.com, com uma memória descritiva de, no máximo, quatro páginas, e uma apresentação de PowerPoint de até 10 slides.
Sobre o LIDE Turismo e Gastronomia O subcomité LIDE Turismo e Gastronomia é um grupo especializado do LIDE Portugal, que tem como objectivo principal promover e posicionar o destino Portugal e a gastronomia portuguesa, no sentido de os colocar na primeira linha das opções dos turistas e consumidores estrangeiros.
Outros objectivos passam por colocar o Turismo na agenda política; promover Portugal junto do mercado turístico estrangeiro, especialmente brasileiro e europeu; fomentar o intercâmbio entre as empresas turísticas portuguesas e as dos países onde o LIDE está presente, no plano da formação, da tecnologia, do investimento e da internacionalização; promover o turismo sustentável e cumpridor das normas ambientais; potenciar o desenvolvimento do turismo local, com o envolvimento das populações locais. O subcomité LIDE Turismo e Gastronomia é constituído por Manuel Fernando Espírito Santo, presidente, por Jorge Rebelo de Almeida, Luigi Valle, Salvador Guedes, António Trindade, Francisco Sá Nogueira, Vitor Sobral e António Rosado. Texto escrito ao abrigo do antigo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

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